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Aids: o que é, causas, sintomas e como tratar


Aids

A Aids (síndrome da imunodeficiência adquirida) é uma das doenças mais conhecidas mundialmente, ainda que, ao longo dos anos, tenha se tornado um tema de debates constantes sobre prevenção, tratamento e estigma social.


A Aids é causada pela infecção do vírus da imunodeficiência humana (HIV), que ataca o sistema imunológico, enfraquecendo as defesas do organismo contra infecções e alguns tipos de câncer. Embora não haja cura para o HIV ou a Aids, com o tratamento adequado é possível viver com qualidade de vida por muitos anos.


Neste artigo, vamos entender o que é o HIV e a Aids, as causas da infecção, os sintomas, os métodos de diagnóstico e as opções de tratamento disponíveis. Além disso, abordaremos como prevenir a infecção e como está o cenário atual de cuidado e tratamento no Brasil.


O que é o HIV?


O HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) é um retrovírus que ataca as células do sistema imunológico, em particular os linfócitos T CD4+. Esses linfócitos são fundamentais para a defesa do corpo contra infecções.


Com a diminuição do número de células CD4, o sistema imunológico enfraquece e o corpo se torna mais vulnerável a infecções oportunistas, como pneumonia, tuberculose, e até cânceres como o sarcoma de Kaposi.


A infecção pelo HIV não é, por si só, fatal. O que faz com que a doença evolua para a Aids é a queda acentuada do número de células CD4 e o surgimento de doenças secundárias graves, que podem ser fatais.


Como ocorre a transmissão do HIV?


O HIV é transmitido principalmente através do contato com líquidos corporais de uma pessoa infectada. As formas mais comuns de transmissão incluem:


  • Relações sexuais desprotegidas com uma pessoa infectada.

  • Compartilhamento de agulhas e seringas (principalmente entre usuários de drogas intravenosas).

  • Transmissão de mãe para filho durante a gravidez, parto ou amamentação.


É importante destacar que o HIV não é transmitido por contato casual, como apertos de mão, beijos ou ao compartilhar alimentos e utensílios. Além disso, a transmissão através de gotículas de saliva, urina ou lágrimas é extremamente rara.


Sintomas do HIV e da Aids


No início da infecção, muitas pessoas não apresentam sintomas, o que pode dificultar o diagnóstico precoce. Porém, após um período que pode variar de algumas semanas a alguns meses, os sintomas podem aparecer e incluem:


  • Febre;

  • Dor de garganta;

  • Cansaço excessivo;

  • Erupção cutânea;

  • Inchaço nos linfonodos (nódulos no pescoço, axilas ou virilha);

  • Diarreia e perda de peso.


Esses sintomas podem durar de alguns dias a algumas semanas e muitas vezes desaparecem sem tratamento. Contudo, sem o tratamento adequado, o HIV pode evoluir para a Aids, onde os sintomas se tornam mais graves, incluindo:


  • Infecções oportunistas (como pneumonia e tuberculose);

  • Perda de peso significativa (emaciação da Aids);

  • Lesões na pele e mucosas;

  • Problemas neurológicos, como dificuldades cognitivas e psicose.

Diagnóstico do HIV e Aids

O diagnóstico do HIV é feito através de testes laboratoriais que identificam a presença do vírus ou os anticorpos produzidos pelo corpo em resposta à infecção. Existem testes rápidos, que podem ser realizados em clínicas de saúde, e testes de laboratório, que são mais detalhados.

  • Teste de triagem: Teste inicial realizado a partir de uma amostra de sangue ou saliva.

  • Carga viral: A quantidade de vírus presente no sangue, que ajuda a determinar o estágio da infecção.

  • Contagem de células CD4: Indicador importante para avaliar a saúde do sistema imunológico do paciente.

Se a pessoa for diagnosticada com HIV, exames adicionais podem ser realizados para avaliar a função do sistema imunológico e o grau de comprometimento do organismo.

Tratamento do HIV

Embora não exista uma cura para o HIV, os medicamentos antirretrovirais (ARVs) têm transformado o tratamento dessa infecção. Esses medicamentos reduzem a carga viral, impedindo que o HIV se multiplique no organismo e protegem as células CD4, retardando o progresso da doença para Aids.

O tratamento antirretroviral deve ser iniciado o mais cedo possível após o diagnóstico para alcançar carga viral indetectável, o que significa que o HIV não pode ser detectado nos exames laboratoriais. A adesão rigorosa ao tratamento é essencial para o sucesso e a prevenção de complicações relacionadas à infecção.

Além disso, o uso de medicamentos profiláticos, como a profilaxia pré-exposição (PrEP), tem sido eficaz na prevenção do HIV em pessoas com alto risco de exposição ao vírus.

Prevenção do HIV

A melhor forma de prevenir o HIV é evitar os fatores de risco para a infecção. Algumas medidas incluem:

  1. Uso de preservativo durante as relações sexuais.

  2. Realização de testes regulares para diagnóstico precoce, especialmente em populações de risco.

  3. Não compartilhar agulhas ou seringas.

  4. Profilaxia pós-exposição (PEP): Uso de medicamentos antirretrovirais após possível exposição ao HIV para reduzir o risco de infecção.

Mulheres grávidas que vivem com HIV devem iniciar o tratamento para prevenir a transmissão do HIV ao bebê durante a gestação, parto e amamentação.

Conclusão

O HIV e a Aids continuam a ser desafios de saúde pública, mas os avanços no tratamento e prevenção têm permitido que as pessoas que vivem com o vírus tenham uma vida longa e saudável. A chave para o controle do HIV é o diagnóstico precoce, adesão ao tratamento e práticas de prevenção.

Com a conscientização crescente, a redução do estigma e a ampliação do acesso aos tratamentos, podemos continuar avançando na luta contra o HIV e garantir uma vida mais digna e saudável para as pessoas afetadas.


Fonte: Manual MSD

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