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Atualização da diretriz: novos critérios diagnósticos para Diabetes Tipo 2


exame para detectar diabetes

 


Em julho de 2024, a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) publicou uma atualização significativa em sua diretriz, introduzindo mudanças cruciais no diagnóstico do diabetes mellitus tipo 2 (DM2). Essa atualização reflete as recentes recomendações da Federação Internacional de Diabetes (IDF) e traz novos critérios que prometem melhorar a precisão diagnóstica.

 

Principais mudanças no diagnóstico de Diabetes Mellitus Tipo 2

 

Uma das mudanças mais notáveis é a inclusão da dosagem da glicemia uma hora após o teste oral de tolerância à glicose (TOTG) com 75 gramas de glicose. Esse novo critério se alinha com a recomendação da IDF, estabelecendo um ponto de corte de 209 mg/dl. Dessa forma, os critérios diagnósticos para DM2 agora incluem:

 

- Glicemia de jejum ≥ 126 mg/dl;

- HbA1c ≥ 6,5%;

- Glicemia duas horas após o TOTG ≥ 200 mg/dl;

- Glicemia uma hora após o TOTG ≥ 209 mg/dl.

 

Novos critérios para Pré-diabetes

 

Para o diagnóstico de pré-diabetes ou "hiperglicemia intermediária", os valores recomendados para a glicemia uma hora após o TOTG variam entre 155 e 208 mg/dl. Os pontos de corte para outros testes permanecem os mesmos:

 

- Glicemia de jejum entre 100 e 125 mg/dl;

- HbA1c entre 5,7% e 6,4%;

- Glicemia duas horas após o TOTG entre 140 e 200 mg/dl.

 

Preferência pela dosagem de glicemia após uma hora

 

Uma novidade importante é a preferência pela dosagem da glicemia após uma hora em vez das duas horas tradicionalmente usadas. Os autores da diretriz justificam essa mudança com evidências que indicam uma detecção mais precoce do diabetes utilizando a glicemia uma hora após o TOTG.

 

Recomendações para rastreamento de diabetes

 

A diretriz atualizada recomenda o rastreamento de diabetes para todos os indivíduos a partir dos 35 anos ou para aqueles mais jovens com obesidade ou sobrepeso associado a pelo menos um fator de risco. Os fatores de risco incluem:

 

- Histórico familiar de DM2 em parente de primeiro grau;

- Hipertensão arterial;

- Histórico de doença cardiovascular;

- HDL-c < 35 mg/dl;

- Triglicerídeos > 250 mg/dl;

- Sedentarismo;

- Presença de acantose nigricans;

- Diagnóstico de síndrome dos ovários policísticos (SOP).

 

Uso do questionário FINDRISC

 

A SBD também recomenda o uso do questionário FINDRISC (Finnish Diabetes Risk Score) para a decisão de rastreamento, categorizando o risco de desenvolver DM2 em níveis que variam de baixo a muito alto. Indivíduos com menos de 35 anos e risco alto ou muito alto devem ser rastreados.

Procedimentos para o rastreamento

 

Para o rastreamento inicial, a diretriz não recomenda o uso do TOTG. Em vez disso, sugere a dosagem conjunta de glicemia de jejum e HbA1c. O TOTG, com preferência pela dosagem de glicemia uma hora após a ingestão de glicose, deve ser realizado apenas se os testes iniciais indicarem pré-diabetes.

 

Conclusão

 

Essas atualizações na diretriz da SBD visam aprimorar a detecção e o manejo do diabetes mellitus tipo 2, alinhando-se com as melhores práticas internacionais. A adoção desses novos critérios diagnósticos pode contribuir para um diagnóstico mais precoce e preciso, melhorando assim o cuidado com os pacientes.

 

Quer saber mais detalhes sobre essas mudanças e como elas podem impactar sua prática clínica? Leia o estudo completo no nosso site e fique por dentro de todas as novidades!

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