1 - Em uma anamnese pré-anestésica, qual pergunta deve ser respondida?
Se os riscos de operar são maiores que o de não operar, analisando medicamentos de risco relacionado (ex.: antiagregantes), tabagismo, além de se estabelecer uma boa relação entre médico e paciente.
2- Quais objetivos da avaliação pré-anestésica?
Conhecer a história médica do paciente (HAS, DM, renal crônico);
Avaliar os cuidados a serem seguidos, tendo em mente a vontade do paciente e suas comorbidades;
Informar sobre o termo de consentimento livre e esclarecido;
Orientar sobre as etapas e medicamentos no pré, durante e pós-operatórios;
Aumentar eficientes e custos operatórios.
3- Quando devemos ter cuidados com produtos com látex na avaliação pré-anestésica?
Em pacientes que possuem alergias a banana, kiwi ou castanhas em geral, tem-se reação alérgica cruzada com látex. Também deve-se ter um cuidado especial com profissionais de saúde (devido ao contato constante com látex, podendo apresentar sensibilização) e também pacientes com espinha bífida (que são submetidos a repetidos processos de sonda vesical, podendo, também, estarem sensibilizados).
4- Quais os Principais agentes que causam reações alérgicas nas cirurgias?
1º Antibióticos;
2º Relaxantes musculares;
3º Látex.
5- Quais cuidados devemos ter contra a hipertermia maligna?
Avaliar na anamnese a história do paciente para anestesias prévias, e também histórico familiar com presença de casos na família, pois trata-se de uma doença autossômica (proibido uso de succinilcolina ou halogenado), portador de pseudocolinesterase (homozigoto ou heterozigoto).
6- Quais interações com drogas ilícitas, álcool e tabaco podem ter com anestesia?
Heroína pode dar depressão no pós-operatório, devido à alta resistência ao fentanil e análogos;
Etilista e tabagista = aumento de indução enzimática faz com que seja necessário maior quantidade de medicamento;
Cocaína pode levar a picos hipertensivos e taquiarritmias.
7- Qual a relação de custo energético aproximado (MET) para deambulado caseiro, adulto e atleta?
8- Quando é melhor realizar apenas um bloqueio em pacientes prematuros?
Todo paciente que a soma das semanas de vida e semanas intrauterinas for menor que 60 semanas, deve-se optar pelo bloqueio ao invés de uma droga sedativa, pois apresenta maior chances de apneia devido à imaturidade do aparelho respiratório. Caso necessário, realizar drogas vasoativas. O paciente deve permanecer intubado no pós-operatório e deve ser observado de perto pelo plantonista.
9- Qual doença hematológica é mais prevalente e como deve ser avaliada?
Doença de Von Willebrand é mais prevalente que hemofilia, podendo chegar a 1% da população. Deve ser avaliado na anamnese ao se perguntar se existe histórico de sangramento em cirurgias dentárias ou prévias. Deve-se administrar desmopresina pré-operatória para minimizar riscos.
10 - Classificação ASA?
11- Quais os medicamentos que devem ser mantidos e quais devem ser suspensos para realização de anestesia?
12- Como saber qual paciente é fácil ou difícil de entubar?
Analisar a escala de “mallampati” (varia de I, II, III e IV; o grau de visualização das estruturas da cavidade bucal);
Distância externomentoniana (ponta do queixo ao manúbrio) inferior a 12 cm terá uma intubação difícil (pescoço curto);
Comprimento horizontal da mandíbula inferior a 8 cm (retroguinata);
Hipomobilidade atlanto occiptal (diabéticos), não conseguir colocar o queixo no peito ou estender a cabeça para traz;
Dentes longos e protusos.
13 - Qual aparelho é utilizado em casos de intubação difícil?
O broncofibro. Ele é utilizado em casos de intubação difícil com paciente acordado e sedado com uso de lidocaína local. Nesse caso, realiza-se a intubação e após coloca-se o paciente para dormir.
14- Qual a diferença do uso da mascara laríngea?
Ela pode ser utilizada, independente das características do paciente, diretamente sem a utilização do laringoscópio, pois este é utilizado mais em casos emergenciais.
15- Existe dificuldade de intubação em pacientes obesos?
Não, não há dificuldade de realizar o procedimento de intubação, a dificuldade está na ventilação utilizando máscara.
16 - Quais fatores dificultam a ventilação propriamente?
Presença de barba;
Obesidade IMC > 26;
Ausência de dentes;
História de ronco (maior frouxidão do assoalho da boca);
Senilidade;
Amigdalas grandes.
17 - Qual a nova tendência dos novos protocolos para anestesia frente ao jejum?
A tendência é não privar o paciente de alimentos e líquidos no pré-operatório (protocolo ERAS). Isso decorre da tendência a grande desidratação do pós-operatório, principalmente para pacientes com baixo peso e idade, além de maior incidência de distúrbios hidroeletrolíticos e maior morbidade pós-operatória.
18 - Como se da o protocolo de jejum hoje?
Até 2 horas antes do procedimento (líquidos claros sem resíduo, água, chás, isotônicos) mantendo o funcionamento do trato grastrointestinal, não permitindo deslocamento de bactérias;
Leite materno pode ser ofertado até 4 horas antes do procedimento;
Refeições leves (dieta pastosa sem gordura, pode ser dada em 6 horas);
Refeições completas (sólidos e gorduras) devem ter intervalo de 8 horas.
19- Como pode ser avaliada a presença de alimentos no trato gastrointestinal?
Através do aparelho de ultrassom é possível verificar a presença ou não de alimentos no estômago. Se mesmo com o prazo correto de alimentação ainda houver alimentos no estômago, esse paciente pode ser diabético (presença de acalasia ou obstrução).
20 - Quais são as características das medicações pré-anestésicas?