Melhoras na sobrevida geral e na sobrevida sem progressão são notadas, incluindo em pacientes com expressão baixa de PD-L1
O tratamento combinado de cadonilimabe e quimioterapia mostra melhorias significativas na sobrevida geral e na sobrevida sem progressão para pacientes com adenocarcinoma na junção gástrica/esofágica (G/GEJ), segundo pesquisa apresentada na conferência anual da Associação Americana para a Pesquisa do Câncer, ocorrida de 5 a 10 de abril em San Diego.
Jiafu Ji, MD, Ph.D., do Centro de Câncer Gastrointestinal do Hospital e Instituto de Câncer da Universidade de Pequim, em Pequim, e equipe realizaram um estudo randomizado e controlado por placebo com adultos portadores de adenocarcinoma G/GEJ não tratado previamente, irresecável, localmente avançado ou metastático, sem considerar a expressão de PD-L1.
Participantes de 76 centros foram alocados aleatoriamente para receber cadonilimabe com quimioterapia ou um placebo com quimioterapia (305 pacientes em cada grupo), com um acompanhamento médio de 18,69 meses.
Os resultados indicaram que a sobrevida geral média foi significativamente mais extensa no grupo que recebeu cadonilimabe em comparação ao grupo placebo (15,0 versus 10,8 meses; taxa de risco, 0,62).
Benefícios na sobrevida geral foram consistentemente observados em todos os limiares de positividade pré-definidos, particularmente em pacientes com expressão baixa de PD-L1.
Além disso, a sobrevida sem progressão foi maior no grupo tratado com cadonilimabe (média de 7,0 versus 5,3 meses; taxa de risco, 0,53). Eventos adversos de grau ≥3 relacionados ao tratamento foram reportados em 71,8% dos pacientes no grupo cadonilimabe e 60,5% no grupo placebo, sem a identificação de novos eventos de segurança.
“Esses resultados podem alterar o tratamento convencional do câncer gástrico”, afirmou Ji. “A combinação de cadonilimabe com quimioterapia tem potencial para estabelecer um novo padrão de cuidado no tratamento de primeira linha do câncer gástrico, inclusive para pacientes com baixa expressão de PD-L1”.
Este estudo foi patrocinado pela Akeso Biopharma, desenvolvedora do cadonilimab.
