RESUMO
Objetivo
Identificar entre os cirurgiões pediátricos de todo o Brasil como é realizada a transição de cuidados dos pacientes pediátricos para as clínicas adultas.
Métodos
Um questionário foi enviado por e-mail para cirurgiões pediátricos cadastrados na Associação Brasileira de Cirurgia Pediátrica no ano de 2018. Foram avaliados dados como tempo de formação, idade máxima de atendimento, subespecialidade de atuação, seguimento ambulatorial de pacientes adultos, motivo pelo qual continuava atendendo pacientes adultos, encaminhamento para especialidades adultas, preocupação com a transição de cuidados e o que tinha realizado para aprimorá-la.
Resultados
A maioria dos cirurgiões pediátricos tinha mais de 20 anos de experiência, e cerca de 61% atuavam simultaneamente em hospital público, hospital privado e clínica privada. A idade máxima de atendimento nos hospitais públicos e privados e nas clínicas privadas mostrou-se bastante variada.
O acompanhamento de pacientes acima de 18 anos nos hospitais públicos, nos hospitais privados e nas clínicas privadas foi, respectivamente, 32%, 23,58% e 20,75%. O principal motivo pelo qual o paciente acima de 18 anos continuava sendo acompanhado por cirurgiões pediátricos foi falta de conhecimento da patologia pelas especialidades adulta.
A maioria dos pacientes era encaminhada para a especialidade adulta do próprio hospital, e cerca de 37% dos cirurgiões pediátricos responderam que mantinham contato com a especialidade adulta. A maioria acreditava na autonomia de cuidados de seus pacientes e estava preocupada com a transição de cuidados.
Conclusão
A transição de cuidados é um assunto relevante e que precisa ser estudado e debatido para que se possa assegurar um adequado seguimento a longo prazo.
Cuidado transicional; Adolescente; Criança; Cirurgia geral; Transição para assistência do adulto