Dieta da longevidade? Estudo revela padrões alimentares que pode dobrar a chance de chegar aos 70 anos com saúde
- medicinaatualrevis
- há 5 dias
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Manter uma alimentação saudável sempre foi um dos pilares da prevenção de doenças e da promoção da qualidade de vida. No entanto, um novo estudo publicado recentemente traz dados impressionantes: seguir um padrão alimentar equilibrado pode dobrar as chances de uma pessoa alcançar os 70 anos com boa saúde física e mental.
A “dieta da longevidade” foi identificada como determinante para o envelhecimento saudável. Conheça os principais achados da pesquisa, os alimentos recomendados e como adotar esse estilo de vida alimentar pode impactar diretamente sua saúde a longo prazo.
O que o novo estudo revelou sobre alimentação e longevidade
O estudo foi conduzido pela Harvard (Estados Unidos), Copenhague (Dinamarca) e Montreal (Canadá) e publicado na revista científica "Nature Medicine". A pesquisa acompanhou, por cerca de 30 anos, os hábitos alimentares de mais de 100 mil pessoas, nos Estados Unidos, com idades entre 30 e 69 anos.
Os resultados mostraram que aqueles que mantiveram dietas equilibradas tiveram até o dobro de chance de chegar aos 70 anos livres de doenças crônicas, limitações físicas e transtornos mentais. Assim, Uma dieta que investe em poucos alimentos ultraprocessados, rica em vegetais e com baixo ou médio consumo de alimentos de origem animal pode ser um fator primordial para se chegar à velhice saudável.
A definição de “boa saúde”, utilizada no estudo, incluía ausência de doenças como câncer, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, além de preservação da mobilidade física e da saúde mental.
Quais padrões alimentares foram avaliados
A pesquisa analisou oito modelos de alimentação considerados saudáveis:
O Índice de Alimentação Saudável Alternativa,
O Índice Mediterrâneo Alternativo,
Abordagens Dietéticas para Parar a Hipertensão,
A Intervenção Mediterrânea-DASH para Atraso Neurodegenerativo,
A dieta saudável baseada em vegetais,
O Índice de Dieta de Saúde Planetária,
O Padrão Empírico de Inflamação da Dieta e
O Índice alimentar empírico para hiperinsulinemia.
Todos os modelos têm em comum a ênfase em alimentos integrais, vegetais, frutas, oleaginosas, grãos integrais e fontes saudáveis de proteína, além da redução do consumo de carnes vermelhas, açúcares e alimentos ultraprocessados.
Bons alimentos e a fuga dos ultraprocessados: o caminho da saúde
O concluiu que apenas 9,3% dos participantes, 9.771 participantes, envelheceram com saúde, destacando a forte relação entre padrões alimentares saudáveis e a qualidade do envelhecimento.
A Alimentação Saudável Alternativa, rica em vegetais, grãos integrais, oleaginosas e gorduras boas, e pobre em carnes processadas e açúcar, foi a dieta mais eficaz: aumentou em até 86% a chance de envelhecer com saúde aos 70 anos.
O Índice de Dieta de Saúde Planetária, focado em alimentos de origem vegetal e sustentabilidade ambiental, também apresentou bons resultados.
O consumo elevado de alimentos ultraprocessados — como carnes processadas e bebidas adoçadas — foi associado a menores chances de envelhecimento saudável.
Segundo os pesquisadores, dietas equilibradas, baseadas principalmente em alimentos de origem vegetal e adaptadas às preferências individuais, são estratégias eficazes para promover o envelhecimento saudável e devem orientar futuras diretrizes nutricionais.
Conclusão
O estudo reforça a importância da alimentação na promoção de um envelhecimento saudável e na prevenção de doenças crônicas. Não existe uma dieta milagrosa e única,
pois cada uma irá se adaptar as necessidades de cada indivíduo.
Seja qual for sua idade ou condição de saúde atual, nunca é tarde para fazer mudanças que promovam qualidade de vida. Lembre-se: cada refeição é uma oportunidade para cuidar de você e investir no seu futuro.
Fonte: G1