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Dormência: quando a perda de sensibilidade é um sinal de alerta

Atualizado: 14 de abr.


Dormência

A dormência é um sintoma comum, mas que nem sempre deve ser encarado como algo inofensivo.


Embora muitas vezes esteja relacionada a posturas prolongadas ou pressão sobre nervos periféricos, a dormência também pode ser o primeiro indício de condições

neurológicas graves ou distúrbios sistêmicos que exigem avaliação médica imediata.


Assim, este artigo explora as causas mais frequentes da dormência, os sinais de alerta que exigem atenção urgente e como os médicos conduzem o diagnóstico e o tratamento.


O que é dormência?


Dormência é a perda total ou parcial da sensibilidade em uma parte do corpo. A pessoa afetada pode não conseguir sentir toques leves, dor, calor, frio ou até a vibração no local. Em alguns casos, a dormência vem acompanhada de:


  • Sensação de formigamento ou “agulhadas”;

  • Fraqueza muscular;

  • Paralisia parcial ou total da área afetada;

  • Dificuldade de equilíbrio ou coordenação.


A dormência pode impactar funções simples do dia a dia, como caminhar, dirigir ou manipular objetos, e por isso precisa ser investigada sempre que for persistente ou inexplicável.


Quando a dormência é motivo de preocupação?


Alguns sinais associados à dormência indicam emergência médica. Você deve procurar ajuda imediata se a dormência vier acompanhada de:


  • Início repentino, em minutos ou poucas horas;

  • Fraqueza muscular rápida em uma ou mais partes do corpo;

  • Dormência que se espalha rapidamente para cima ou para baixo;

  • Perda de sensibilidade em um braço ou perna inteira;

  • Dormência na face ou no tronco;

  • Dificuldade para falar, enxergar ou se mover;

  • Perda de sensibilidade nas coxas, nádegas ou área genital com incontinência urinária ou fecal;

  • Dormência bilateral abaixo da linha média do peito.


Esses sintomas podem estar relacionados a acidentes vasculares cerebrais (AVCs), lesões na medula espinhal ou condições neurológicas potencialmente graves, e exigem avaliação médica urgente.


Principais causas de dormência


A dormência pode surgir quando há bloqueio ou interferência na transmissão dos sinais nervosos entre o corpo e o cérebro. Isso pode ocorrer por:


  • Acidente vascular cerebral (AVC);

  • Infecções neurológicas, como doença de Lyme ou HIV;

  • Esclerose múltipla;

  • Diabetes, que pode causar neuropatia periférica;

  • Deficiência de vitamina B12;

  • Compressão nervosa, causada por osteoartrite ou hérnia de disco;

  • Movimentos repetitivos ou postura prolongada (como cruzar as pernas por muito tempo);

  • Lesões cerebrais, medulares ou periféricas.


Em situações menos graves, a dormência pode ser provocada por hiperventilação durante crises de ansiedade, especialmente quando acompanhada de formigamento nas mãos ou ao redor da boca. Nesses casos, o quadro é autolimitado e não oferece risco imediato.


Como o médico investiga a dormência?


Na consulta médica, o profissional investigará:


  1. Histórico clínico completo, incluindo quando começou a dormência, sua evolução e se há outros sintomas associados.


  2. Exame neurológico detalhado.


  3. Exames complementares, dependendo da suspeita, como:

    • Testes de condução nervosa;

    • Eletromiografia;

    • Ressonância magnética (RM);

    • Tomografia computadorizada (TC);

    • Exames de sangue (como dosagem de vitamina B12 ou glicemia).

Esses exames ajudam a identificar se a origem do sintoma é central (cérebro ou medula) ou periférica (nervos e músculos).


Como é feito o tratamento


O tratamento da dormência depende diretamente da causa identificada. Em linhas gerais:


  • Se causada por diabetes, é fundamental controlar os níveis de glicose no sangue.

  • Casos de compressão nervosa podem exigir fisioterapia, medicamentos ou, em algumas situações, cirurgia.

  • Deficiências vitamínicas são tratadas com suplementação adequada.

  • Doenças autoimunes ou infecciosas podem necessitar de tratamentos específicos.

Além disso, os médicos recomendam:


  • Avaliar os pés e as mãos dormentes com frequência, para evitar feridas ou infecções.

  • Evitar andar descalço, principalmente se a sensibilidade estiver comprometida.

  • Utilizar calçados adequados e verificar se há objetos dentro dos sapatos antes de usá-los.

  • Fazer fisioterapia ou usar dispositivos auxiliares (como bengalas) para evitar quedas, quando a dormência afeta a locomoção.

Conclusão

A dormência é um sintoma que deve ser levado a sério, principalmente quando ocorre de forma persistente ou associada a outros sinais neurológicos. Nem sempre é sinal de algo grave, mas pode ser a manifestação inicial de condições como AVC, diabetes, esclerose múltipla ou lesões nervosas.

O acompanhamento médico é essencial para determinar a causa exata e estabelecer um plano de tratamento eficaz. Quanto antes a origem for identificada, maiores as chances de controle e recuperação.


Fonte: Manual MSD

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