Em uma gestação de alto risco, a mãe, o feto ou o recém-nascido têm aumento do risco de morbidade ou mortalidade antes do parto ou depois dele.
A avaliação do risco faz parte da rotina pré-natal. História familiar e avaliação genética são especialmente importantes. O risco gestacional também é avaliado durante ou logo após o parto e a qualquer momento em que os eventos possam modificar o estado. Avaliam-se os fatores de risco sistematicamente porque cada fator presente aumenta o risco geral.
Avaliação do risco durante a gestação
Vários sistemas de monitoramento de gestação e de avaliação de risco estão disponíveis. O sistema mais utilizado é o Pregnancy Assessment Monitoring System (PRAMS), que é um projeto dos Centers for Disease Control and Prevention (CDC) e secretarias de saúde estaduais nos EUA.
O PRAMS fornece informações para as secretarias de saúde estaduais a fim de que sejam utilizadas para melhorar a saúde das mães e recém-nascidos. O PRAMS também permite que o CDC e estados monitorem as mudanças nos indicadores de saúde (p. ex., gestação indesejada, cuidado pré-natal, aleitamento materno, tabagismo, álcool, saúde infantil).
As gestações de alto risco exigem monitoramento atento e, algumas vezes, encaminhamento a um centro perinatal, especialmente se a gestante tem condições de alto risco complexas. Esses centros oferecem muitos serviços especializados e subespecíficos, prestados por especialistas em análise materna, fetal e neonatal . Quando o encaminhamento é necessário, a transferência antes do parto, em vez de depois, resulta em diminuição das taxas de mortalidade e morbidade perinatais.
As causas mais frequentes de encaminhamento antes do parto são
Parto pré-termo (em geral decorrente de ruptura prematura das membranas)
Pré-eclâmpsia
Doenças preexistentes ou em desenvolvimento [p. ex., diabetes, hipertensão, obesidade grave (mórbida)]
Referências em relação à avaliação de risco
1. American College of Obstetricians and Gynecologists: Levels of maternal care: Obstetric care consensus No. 9. Obstet Gynecol 134(2):428-434, 2019. doi: 10.1097/AOG.0000000000003384
Por Raul Artal-Mittelmark , MD, Saint Louis University School of Medicine Avaliado clinicamente set 2022