Os autores dizem que esta classificação tem o potencial de minimizar o sobretratamento e o subtratamento
A classificação de risco baseada em inteligência artificial (IA) melhora o prognóstico do câncer de próstata localizado, de acordo com um estudo publicado on-line em 24 de outubro na JCO Precision Oncology .
Jonathan David Tward, MD, Ph.D., da University of Utah em Salt Lake City, e colegas desenvolveram um sistema de agrupamento de risco clinicamente utilizável usando modelos de inteligência artifical (IA) multimodal (MMAI) para estratificar o risco de câncer de próstata localizado.
A análise incluiu 9.787 pacientes com câncer de próstata localizado de oito ensaios de fase 3 tratados com radioterapia, terapia de privação de andrógeno e/ou quimioterapia acompanhados por uma mediana de 7,9 anos.
Os pesquisadores descobriram que, de acordo com as categorias de risco da National Comprehensive Cancer Network (NCCN), 30,4% dos pacientes eram de baixo risco, 25,5% de risco intermediário e 44,1% de alto risco. Com base na classificação de risco do MMAI, 43,5% dos pacientes eram de baixo risco, 34,6% de risco intermediário e 21,8% de alto risco, resultando na reclassificação de 1.039 pacientes (42,0%). Os riscos de metástase em 10 anos foram comparáveis, apesar do grupo de baixo risco do MMAI ser maior do que o grupo de baixo risco do NCCN (1,7% para o NCCN versus 3,2% para o MMAI). Para pacientes de alto risco do NCCN, o risco geral de metástase em 10 anos foi de 16,6%, com o MMAI estratificando ainda mais esse grupo em baixo, intermediário e alto risco, com taxas de metástase de 3,4, 8,2 e 26,3%, respectivamente.
"Essa abordagem visa evitar tanto o tratamento excessivo quanto o tratamento insuficiente no câncer de próstata localizado, facilitando a tomada de decisão compartilhada", escrevem os autores.
Vários autores revelaram vínculos com empresas farmacêuticas e de biotecnologia.
