Parto normal: o que esperar e como funciona cada etapa
- medicinaatualrevis
- 2 de abr.
- 3 min de leitura

O parto normal, também conhecido como parto vaginal, é o processo natural de nascimento no qual o bebê e a placenta são expulsos do útero por meio do canal vaginal.
É uma das formas mais seguras e fisiológicas de dar à luz, tanto para a mãe quanto para o bebê, quando não há contraindicações médicas.
Neste blogpost, você vai entender como funciona o parto normal, quais são suas etapas, os cuidados envolvidos e os procedimentos que podem ser utilizados durante o nascimento.
O que é considerado parto normal?
O parto normal é aquele em que o nascimento ocorre por via vaginal, sem a necessidade de intervenção cirúrgica como a cesariana. Durante o processo, a mulher passa por contrações uterinas que ajudam na dilatação do colo do útero, permitindo a passagem do bebê.
O trabalho de parto pode ocorrer de forma espontânea ou ser induzido, quando necessário.
O ambiente do parto pode ser um hospital, uma maternidade ou, em alguns casos, até mesmo em casa, com acompanhamento de profissionais habilitados.
Qual a posição ideal para o parto?
Durante o trabalho de parto, muitas mulheres são colocadas em uma posição semivertical — entre deitada e sentada — com apoio nas costas. Essa postura favorece o uso da gravidade para auxiliar a descida do bebê, reduzindo o risco de lacerações e promovendo um parto mais eficiente.
No entanto, a escolha da posição pode variar conforme o conforto da gestante e a orientação da equipe médica.
Etapas do nascimento do bebê
Quando o colo do útero está totalmente dilatado, inicia-se a fase de expulsão do feto. A mulher é orientada a fazer força durante cada contração para ajudar o bebê a descer pela pelve. A equipe pode realizar massagens no períneo ou aplicar compressas mornas para facilitar o alongamento da abertura vaginal e evitar lacerações.
Durante essa fase, o profissional de saúde controla a saída da cabeça do bebê, orientando a força da mãe para evitar rupturas e garantir um nascimento seguro. Em alguns casos, pode ser necessária a utilização de fórceps ou vácuo extrator, principalmente quando há sinais de sofrimento fetal ou dificuldade da mãe em empurrar.
Episiotomia: o que é e quando é indicada?
A episiotomia é uma pequena incisão feita entre a vagina e o ânus (no períneo) para ampliar a abertura vaginal, facilitando a saída do bebê. Esse procedimento só é realizado quando os tecidos ao redor da vagina não se expandem o suficiente e há risco de laceração descontrolada.
Embora útil em algumas situações, a episiotomia aumenta o tempo de recuperação da mulher e deve ser discutida previamente com o obstetra.
O que acontece após o nascimento?
Após a saída do bebê, realiza-se a aspiração de muco do nariz e da boca, o cordão umbilical é pinçado e cortado — um procedimento indolor. Em seguida, o recém-nascido é colocado no colo da mãe ou em um berço aquecido.
Expulsão da placenta
Entre 3 a 10 minutos após o nascimento do bebê, ocorre a expulsão da placenta. Muitas vezes, a mãe consegue eliminar a placenta naturalmente. Para facilitar esse processo e evitar sangramentos, pode-se administrar ocitocina e realizar massagens no útero.
Caso a placenta não se desprenda espontaneamente ou haja hemorragia, a equipe médica realiza manobras para removê-la com segurança.
Benefícios do parto normal
O parto normal oferece diversas vantagens para a mãe e o bebê:
Recuperação mais rápida
Menor risco de infecção
Maior facilidade de amamentação precoce
Menor tempo de internação
Estímulo ao sistema imunológico do bebê pela passagem vaginal
Quais são os possíveis problemas com o parto normal?
Apesar dos muitos benefícios, o parto normal pode apresentar algumas complicações, especialmente em situações que exigem atendimento especializado. Entre os principais riscos estão:
Lacerações vaginais e perineais: podem ocorrer de forma espontânea durante a saída do bebê e exigir sutura.
Prolapso uterino: em casos raros, o esforço do parto pode enfraquecer os músculos do assoalho pélvico.
Hemorragia pós-parto: a perda excessiva de sangue após a expulsão da placenta pode ocorrer e exige atenção imediata.
Distocia de ombro: quando os ombros do bebê ficam presos após a saída da cabeça.
Infecção puerperal: infecções no útero ou na área de laceração podem surgir após o parto.
É importante lembrar que essas complicações são geralmente bem manejadas em ambiente hospitalar e não anulam os inúmeros benefícios do parto vaginal.
Conclusão
O parto normal é um processo natural, seguro e cheio de significados. Conhecer cada etapa do trabalho de parto ajuda a gestante a se preparar física e emocionalmente para o momento do nascimento. O acompanhamento médico adequado e o suporte emocional da equipe e da família são fundamentais para que essa experiência seja positiva, respeitosa e segura.
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