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Doenças do Quadril Infantil

Atualizado: 30 de set.


1 - Qual é a origem embrionária do esqueleto?


O esqueleto é originado do mesoderma.

2 - Como é formado o quadril do feto?


O molde cartilaginoso do fêmur já está formado até a 4ª semana e no fim da oitava semana, apoptose, localizada entre o fêmur e o osso do quadril, produz a fenda articular que irá formar esta articulação. Nas fases iniciais, 80% da cabeça são cobertos pelo acetábulo, porém, ao nascimento, em decorrência do crescimento desproporcional da cabeça, apenas 50% estarão cobertos.

3 - Quais fatores influenciam negativamente a formação normal do quadril na fase intrauterina?


Fatores que diminuem a mobilidade do quadril do feto prejudicam a sua formação. Podemos citar fatores como: o oligodrâmnio, o útero gravídico de primgestas, a gemilaridade, macrossomia fetal e a apresentação pélvica.

4 - Quais os fatores de risco para displasia do desenvolvimento do quadril?

Além dos fatores que diminuem a mobilidade fetal, destacam-se o sexo feminino e a história familiar positiva.

5 - Quais os sinais clínicos precoces da displasia do desenvolvimento do quadril?


Ao exame clínico, a instabilidade do quadril pode ser percebida pela manobra de Ortolani. A manobra de Barlow detecta um quadril luxado passível de redução. O sinal Nelaton Galeazii releva a simetria do comprimento dos membros em casos unilaterais. O sinal Peter-Badi consiste na simetria das pregas glúteas.

O sinal de Klisic consiste na ascensão relativa do trocanter maior que deixa ficar alinhado com a linha que linha a espinha ilíaca abtero-superior e um umbigo. O sinal de Hart consiste na limitação da abdução do quadril fletido e ao sinal mais confiável em pacientes após o sexto mês de vida.

6 - Quando devemos obter uma ultrassonografia do quadril do recém-nascido?


Embora esquema de triagem universal, com ultrassonografia em todos os recém-nascidos, tenha sido proposto em alguns países, no Brasil, a triagem seletiva, geralmente, é realizada em todos os pacientes com sinais clínicos ou fatores de riscos relevantes.

7 - Qual o significado do ângulo alfa e do ângulo beta na ultrassonografia pelo método de Graf?

O ângulo alfa mede a cobertura do teto ósseo do quadril, e valores maiores que 60 graus se relacionam a um acetábulo normal. O ângulo beta avalia a lateralização da cabeça de forma indireta, por meio da avaliação da posição do lábio acetabular. O normal é que esse ângulo seja menor que 55 graus.

8 - Qual a classificação dos quadris segundo o método de Graf?




9 - Qual fator limita a utilidade das radiografias do quadril no recém-nato?


No recém-nato as epífises femorais proximais ainda não estão ossificadas (isso ocorre em média após o 4º mês).

10 - Quais os parâmetros radiográficos utilizados para o diagnóstico da displasia do desenvolvimento do quadril?


O índice acetabular (ângulgo de Sharp) mede a inclinação do teto ósseo e deve ser menor que 35 graus. As linhas Hilgenhiner e Perkins delimitam os quadrantes de Ombredane, e a cabeça femoral deve estar no quadrante infero-medial, caso contrário haverá displasia. O arco de Shenton estará quebrado em aso de displasia. Além disso, na indicidência de Lawenstein a linha central do colo deve apontar para o centro da cartilagem trirradiada, o que não ocorre na displasia.

11 - Qual a epidemiologia da displasia do desenvolvimento do quadril?


Essa doença é relativamente frequente ocorrendo de 1 a 10 casos por 1000 nascidos-vivos, sendo mais comum no sexo feminino.

12 - Qual o tratamento da displasia do desenvolvimento do quadril, de acordo coma faixa etária?



13 - Quais condições relacionadas a luxações teratológicas ou secundárias dos quadris?


Artrogripose, mielomeningocele, paralisia cerebral e outras condições neuromusculares.

14 - Quais os diagnósticos diferenciais das crianças que claudicam?

  • Congênitas (DDQ)

  • Infecciosas (artrite séptica, piomiosite, osteomielite)

  • Tumorais (leucemia, tumores ósseos)

  • Trauma (sd. do espancamento)

  • Doenças próprias do quadril infantil (LCP, epifisiólise, sinovite transitória)

  • Doenças metabólicas e genéticas (osteogenese imperfeita, displasia de Meyers, hemofilia, anemia falciforme, displasia epifisária múltipla)

  • Doenças neurológicas e neuromusculares (siringomielia, distrofia muscular de Duchene)

  • Doenças reumáticas (artrite reumatoide juvenil)

15 - O que é epifisiólise?


Trata-se do escorregamento da epífise femoral proximal em relação à metáfise do colo em decorrência de uma fragilidade da fise.

16 - Qual a idade de ocorrência da epifisiólise?

A epifisiólise ocorre antes do fechamento da fise femoral proximal. Nas meninas, o pico de ocorrência é entre 11 e 13 anos e, nos meninos, entre 13 e 15 anos.

17 - Quando suspeitar de epifisiólise?


Pré-adolescentes admitidos com queixa de claudicação e/ou dores na região inguinal ou referida na face anterior na coxa ou medial do joelho devem ter sempre os quadris examinados. A presença do sinal Dreman confirma o diagnóstico.

18 - Quais os sinais radiográficos da epifisiólise?


O sinal de Tretovan consiste na migração infero medial da cabeça, que é confirmada pela ausência de cruzamento da epífise com a linha de Klein (traçada na cortical lateral do colo). O ângulo epifisio-diafisário de Southwick maior que 10 graus também é indicativo da doença. No AP é possível identificar o sinal Steel, que consiste em uma faixa de aumento de densidade na topografia do colo, em decorrência da sobreposição com a cabeça retrovertida. Perda do sinal de trígono de Carpener (sinal de Blanch) em decorrência da medialização relativa do colo e a sobreposição de imagens.

19 - Como classificar a epifisiólise?


Pode ser classificada em relação ao tempo do início dos sintomas em: aguda, subaguda e crônica (até 3 semanas, 3 a 6 semanas, mais de 6 semanas). Quanto a capacidade de apoiar o membro: estável (se for capaz de apoiar o membro) e instável (se não for capaz de apoiar o membro). Classificação radiográfica conforme o ângulo de Southweek (até 30 graus, 30 a 60 graus e maior que 60 graus).

20 - Qual o tratamento da epifisiólise?


Nos casos leves e moderados o tratamento indicado é fixação incito de urgência com 1 parafuso canulado. Nos casos graves, osteotomias corretivas geralmente são necessárias

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