Uso de GLP-1 RA associado a conteúdo gástrico retido durante endoscopias
- claurepires
- 7 de out. de 2024
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17,4 por cento no grupo GLP-1 AR submetido a esofagogastroduodenoscopias apresentaram retenção alimentar versus nenhum no grupo controle
O uso de agonistas do receptor de peptídeo semelhante ao glucagon 1 (GLP-1 RAs) está associado ao risco de retenção de conteúdo gástrico e preparação intestinal inadequada durante procedimentos endoscópicos, de acordo com uma carta de pesquisa publicada on-line em 1º de outubro no JAMA Network Open .
Jason Nasser, MD, do Cedars-Sinai Medical Center em Los Angeles, e colegas examinaram as potenciais associações entre o uso de GLP-1 RA e os riscos de retenção gástrica de alimentos e aspiração periprocedimental durante esofagogastroduodenoscopias (EGDs), quando a EGD foi combinada com colonoscopia, e na colonoscopia sozinha em um estudo transversal retrospectivo de centro único. Indivíduos tomando GLP-1 RAs no momento da endoscopia foram pareados por idade, subgrupo de índice de massa corporal, sexo e procedimento com indivíduos em um grupo de controle (70 e 139 indivíduos, respectivamente).
No geral, 33% da coorte foi submetida a EGD, 33% foi submetida a colonoscopia e 34% foi submetida a ambas. Os pesquisadores descobriram que quatro de 23 indivíduos (17,4%) no grupo GLP-1 RA submetido apenas a EGD e nenhum de 46 no grupo controle tiveram retenção alimentar (razão de chances, 21,5). Em EGD-colonoscopias combinadas, não houve retenção alimentar observada. A preparação intestinal inadequada foi mais comum no grupo GLP-1 RA do que no grupo controle entre indivíduos submetidos a colonoscopia ou EGD-colonoscopias combinadas (21,3 versus 6,5%; razão de chances, 3,9). Não houve eventos de aspiração, dificuldade respiratória ou visitas de pneumonia por aspiração.
"Ao contrário de relatórios anteriores, nosso estudo identificou uma associação clara entre o uso de GLP-1 RA e o preparo intestinal insatisfatório, o que acarreta riscos significativos de lesões não detectadas, insatisfação do paciente e cancelamento do procedimento, com desperdício de recursos", escrevem os autores.